Medos, fugas e autossabotagem

Muitas vezes evitamos situações na vida as quais nos deparamos com conteúdos que tocam nossas feridas e memórias relacionadas a dor, a perda, a rejeição, ao abandono, a não valorização de nosso potencial humano e de alma.
Muitas vezes a vida nos traz situações as quais temos que exatamente olhar para estas questões. Enquanto de fato não tivermos coragem, clareza e discernimento para enfrentarmos nossos monstros internos, para elaborarmos e honrarmos o que foi vivido, para que então possamos seguir em frente sem carregarmos o peso da vida que já passou e não nos alimenta mais, a própria vida seguirá nos proporcionando experiências para que possamos curar nossas feridas e memórias que continuamente evitamos o contato, para que possamos realizar nossa jornada de vivermos com leveza, plenitude, amor e felicidade.
Muitas vezes quando nossa história pode ser escrita de maneira diferente, permeada pela beleza, criamos situações internas, que refletem em nossas relações externas, de autossabotagem, pois muitas vezes, inconscientemente, é mais confortável vivermos nos velhos padrões de dor e medo, do que termos forças e coragem de rompermos com a agonia e o sofrimento e nos entregarmos ao recomeçar, as infinitas possibilidades da beleza do viver. Sim, somos merecedoras. Que possamos curar nossas feridas do passado, para vivermos nosso presente dentro da esfera da luz, construindo um futuro permeado de amor, boa comunicação, confiança e paz.

Depoimentos

Abaixo seguem depoimentos de mulheres que receberam algum tratamento  individual, algum acompanhamento ou que participaram de trabalhos coletivos com Joana.

“Queria agradecer imensamente a benção literal que recebi através das mãos da Joana!! O principal motivo que me levou a ter esse momento de benção e cura do útero foi justamente as dores menstruais terríveis que sentia há anos, as cólicas eram de suar frio, me faziam acordar na madrugada,  atrapalhavam o dia de trabalho, tanto, que por vergonha de ficar de atestado médico por este motivo fazia uso continuo do anticoncepcional, dando intervalo a cada 06 ou 08 meses apenas. A experiência no momento de cura foi única, fui envolvida numa vibração amorosa gigantesca que inclusive me deixou emocionada em ver minha criança interior frágil, precisando de um olhar amoroso. Percebi que estava sendo muito dura comigo mesma e isso já foi muito gratificante. Algumas horas após o momento de cura senti meu ventre aquecer, a energia estava em movimento. Durante o passar dos dias várias situações sutis foram acontecendo: senti uma conexão maior com meu passado, com as mulheres da minha família, senti a necessidade de estar mais próxima delas, de me cuidar mais. Percebi minha vida a dois mais fluida, mais quente. Só tenho a agradecer a melhora significativa na minha qualidade de vida!! Espero de verdade que muitas outras pessoas sejam beneficiadas com a energia do sagrado feminino, e com essa chuva de bênçãos que é até difícil descrever em palavras. Que você continue transmitindo amor e energia de cura a tantas e quantas mulheres precisarem e a todas que quiserem se abrir ao sagrado feminino.” Veridiana Zordan, Maravilha, SC

“Foi meu primeiro contato com Sagrado Feminino. As vivências com a Joana mudaram minha força interior. Aquela voz lá dentro que fala “seja você mesma”, mas que muitas vezes eu abafava para agradar alguém. Isso me trouxe força para a vida, para as relações e para minha profissão, então, eu só tenho a agradecer o trabalho dela e os efeitos que reverberam até hoje no meu dia a dia. Ah! Sem falar da conexão que criei com meu sangue. Hoje sinto um carinho imenso por mim mesma quando chega minha lua.” Giorgia Piotti, São Paulo, SP

“Há três anos atrás descobri que estava com câncer de mama,  e bastante assustada e preocupada com o que iria enfrentar, procurei a Joana, uma pessoa maravilhosa e bastante séria com seu trabalho, de fato ela pratica tudo o que fala com verdade e responsabilidade. Na época achei que deveria me preparar melhor para o tratamento, preparar tanto o meu lado espiritual quanto o meu corpo, e uma das coisas essenciais foi melhorar a minha alimentação. Sou grata pela ajuda de Joana que além de ser uma ótima profissional é uma amiga maravilhosa.” Julia Ferrante, Jericoacoara, CE

“Ouvi dizer na minha cidade que havia uma professora de yoga pra gestantes tão boa, que as crianças quando nasciam se derretiam ao ouvir a voz dela. E eram bem assim as aulas da Joana, eu mesma me acolhia com sua guiança amorosa. Foram muitas dicas, mantras, posições e experiências que ela compartilhou comigo e que me fizeram acreditar no meu poder. Nas rodas de gestante ela também estava presente e trazia mais confiança. Meu companheiro também se beneficiou e se empoderou indo em algumas aulas de yoga e recebendo algumas dicas. No parto sua presença continuou sendo essencial. Ela foi a primeira a chegar, e na hora do expulsivo ela estava do meu lado, lembrando das respirações, cuidando de todos detalhes e ainda filmando discretamente – algo que eu não percebi na hora, mas hoje sou muito grata! Jojo minha gratidão pela sua energia que ajudou a gestar e parir a minha filha de uma maneira tão consciente e saudável! Seu serviço é muito especial e eu super recomendo!” Mari Ana Tevah, Garopaba, SC

 

“Estar sob os cuidados da Joana é mais que uma benção. Profissional super dedicada e atenciosa, ela tem uma sensibilidade incrível para oferecer o cuidado exato que estamos precisando no momento. A sintonia que ela estabelece em cada movimento, cada respiração cada toque são uma ajuda no caminho de reconexão com nós mesmos e em direção a uma saúde física, corporal, mental e espiritual mais integrada. Amo todos os seus cuidados e volto sempre quando estamos pela mesma cidade!!! “Adriana Bogéa, Rio de Janeiro, RJ

“Conheci Joana num momento bastante delicado da minha vida. Estou começando no climatério e estava em busca de algum tratamento que tocasse minha alma, para que eu pudesse compreender e principalmente aceitar este ciclo. Com ajuda de Joana comecei a olhar meu corpo com muito mais amor e carinho, consegui fazer conexões com meu passado e meu presente, entendi que devo primeiro respeitar meu corpo e o espaço que ocupo. Silenciei minhas aflições, me conectei com a Mãe Terra e acredito que o universo está me auxiliando. Mantenho o foco e sinto-me muito mais feliz e realizada.” Iane Camargo, Garopaba, SC

 

“Joana me representa com mulher guerreira da Luz. Acompanho o processo de desenvolvimento do seu Ser lindo a vários anos. Seus atendimentos com a medicina Ayurvedica me trouxeram grandes benefícios. Sua escuta compassiva e aplicação dos métodos não só aliviaram os sintomas, mas atingiram a causa e logo a transformação. Participei de trabalho em grupo de mulheres por ela coordenado que foi, um brilho em meu Ser. Resgatei e acolhi minha linhagem feminina, ressignificando para mim e por consequência para todas as mulheres do meu Clã, padrões limitantes que podem ser atravessados. Recomendo a todas as irmãs que se sentem chamadas no processo de despertar da Deusa interior beber dessa fonte que a Irmã Joana nos oferece. Possam todos os Seres se beneficiar!” Jane Moor, Garopaba, SC

 

“Encontrei o grupo ministrado pela Joana em um período da minha vida em que não conseguia sentir a confiança em tomar algumas decisões. Foram várias vivências e seria cruel falar só de uma ou de cada uma. Mas posso dizer que aprendi a me ouvir, a me respeitar, a entender meus ciclos e aceitá-los, aprendi a ser mais generosa comigo, a me reencontrar com a minha ancestralidade, a ouvir meu corpo e a respeita-lo de uma forma muito profunda. As vivências ajudaram a fazer as pazes com meu feminino e isso se refletiu na mudança com relação a outras mulheres. Sou muito grata a tudo e a todos os aprendizados que vou levar para a vida.” Aline Silva, São Paulo, SP

 

 

Amamentação

Amamentar certamente é um ato de doação enorme para a mulher que se torna mãe. Imaginar que, por certo tempo, um bebê será capaz de crescer e se desenvolver somente com o leite materno é algo realmente incrível.

Sabemos que o leite materno é o melhor e mais completo alimento para o bebê, até os seis meses de vida. A natureza é tão perfeita e sábia, que os nutrientes presentes no leite vão mudando conforme o crescimento do neném, ofertando exatamente tudo o que ele precisa para crescer com saúde.

Algumas mulheres não recebem suporte suficiente durante a gestação, o parto e o pós-parto. Passam por situações de estresse, de desamparo, abandono, de descuidos e até mesmo de violência física ou moral. Consequentemente, na maioria das vezes, não conseguem produzir leite suficiente para alimentar seus bebês, não por incapacidade, porque biologicamente toda mulher é capaz de amamentar seu filho, mas por falta de apoio. Acabam tendo que dar algum tipo de suplemento alimentar a fim de saciar a fome de seus pequenos.

Algumas mulheres, por escolha própria e motivos pessoais, desde os primeiros dias de vida de seus filhos optam por não amamentar, oferecendo-lhes desde cedo um leite artificial. Algumas amamentam com uma facilidade enorme, outras têm seus seios muito machucados por não terem sido bem informadas sobre a pega e as formas corretas do aleitamento.  Enquanto outras têm prazer em nutrir suas crias, há as que amamentam mais por racionalmente saberem que isso faz bem aos seus filhos.

Hoje em dia, existem redes de apoio e profissionais especializadas no aleitamento materno. Parteiras tradicionais, doulas, enfermeiras e terapeutas que trabalham com ervas, tinturas e com o acolhimento da mulher no puerpério podem auxiliar em muito a mãe e toda a família nesse momento tão delicado, intenso e transformador da vida.

Dependendo da cultura em que está inserida, a mulher vai encontrar tabus e normas mais aceitas ou bem vistas, no que diz respeito à questão do aleitamento. Não existe apenas um protocolo certo a seguir, no que diz respeito à amamentação.  O que vale mesmo, é sempre respeitar a intuição e as necessidades de cada mãe, oferecendo-lhes alimento, cuidado, apoio físico e emocional, para que uma vez bem assistidas, possam cuidar dos anjos que recém chegaram à Terra.

 

Épocas, Ciclos, Estações. Símbolos, Arquétipos e Significados.

Épocas, ciclos, estações. Símbolos, arquétipos e significados.

Quando nos conectamos e vivemos uma vida baseada nesses ensinamentos e conexões,  temos maior clareza, compreensão e  tranquilidade no viver. Quando a importância disso nos é ensinada desde pequenos  ( e por quê não em nossas escolas?), crescemos com uma segurança interna e compreensão do funcionamento da vida muito maiores.

Infelizmente,  o sistema educacional brasileiro é fraco e falho. Mesmo a maioria das escolas que são classificadas como sendo boas, estão inseridas em um modelo de castração da liberdade do criar, da riqueza do questionar e do aprender a olhar a vida sob perspectivas diferentes das que estamos habituados. É como se nossas mentes fossem colocadas em gaiolas do pensar  e, como consequência, nossos sentidos começam a ficar embotados.

A não ser que passemos por alguma situação de despertar, em que  uma voz interior comece a falar, fazendo com nossa visão além do microcosmos de nós mesmos seja expandida, podemos passar por toda uma vida olhando em uma só direção, muitas vezes desconectados de nossa espiritualidade, fragmentados interna e externamente. Buscando, enfim,  na satisfação da matéria uma completude inatingível por si só.

Presenciamos um crescente aumento de grupos que estudam os ciclos, arquétipos e reconexão com os saberes da Terra. Eu mesma sinto muito amor por transmitir esses conhecimentos. Mas me dou conta de que, se eles tivessem chegado a muitos de nós desde a infância, a trajetória de nossas caminhadas teria sido mais fácil.

Olhem para as crianças (para sua criança interior também).  Avaliem como estão seus corações. Vejam se pisam o chão com segurança, se olham as estrelas com entrega e gratidão. Se identificam os ciclos da lua, da natureza. Se sabem respirar com profundidade. Libertem-se das gaiolas ilusórias que aprisionam o ser. É chegada a hora de enxergarmos, sentirmos e experienciarmos a vida em sua totalidade!

Tabelas Alimentares Ayurvedicas

Para o ayurveda, os alimentos que ingerimos são nossas medicinas diárias.

Mas como saber qual é o alimento que faz bem à sua saúde? Um dos preceitos básicos ayurvedicos é que cada ser humano é único. Seguindo nessa linha de pensamento e saber, conclui-se que não existe uma só alimentação adequada para todos os seres, para todos os organismos, e sim, uma ampla diversidade de possibilidades que se conectam ao biótipo psicofísico de cada pessoa.

No ayurveda dá-se o nome de doshas aos biótipos psicofísicos. Os doshas estão relacionados aos elementos da natureza, que em suas variadas combinações constituem toda a matéria que existe no universo. São eles: o dosha Kapha: terra+ água, o dosha Pitta: água+ fogo e o dosha Vata: ar+ éter.

Cada elemento traz consigo seus atributos, como o ar, que é frio e seco ou o fogo, que é quente e penetrante, e que estão conectados a aspectos físicos, emocionais, mentais e energéticos, sendo influenciados também, por características mais sutis, os gunas. São eles: Tamas, a inércia, Rajas, o movimento, e Sattva, o equilíbrio.

Os alimentos, assim como os seres humanos, também têm seus doshas e gunas característicos, e influenciam diretamente em nosso estado de saúde e bem estar. Para manter uma vida saudável, devemos nos nutrir de alimentos que tragam vitalidade e mantenham nosso organismo e nosso sistema digestivo atuando em equilíbrio. Para isso, é interessante saber qual é seu dosha de origem, seu prakriti, e o dosha que atualmente predomina em você, seu vikriti, para que então você encontre os alimentos que mais o conduzam a um estado de saúde e harmonia dentro da sua unicidade.

As tabelas a seguir trazem informações sobre os alimentos mais adequados para cada dosha, assim como os que devem ser evitados. No ayurveda, utiliza-se os temperos e especiarias como medicina, e aqui você também encontra uma tabela com alguns antídotos que auxiliam no processo digestivo, caso queira comer algum alimento que não se adequa bem a seu organismo.

É importante lembrar que os testes que existem na internet para saber quais doshas predominam em você não substituem uma consultoria aprofundada com um terapeuta ayurvedico especializado.

Dosha Kapha

Dosha Pitta

Dosha Vata

Tabela de Antídotos Ayurvedicos

 

Ritos de Passagem

Os ritos de passagem auxiliam o seres humanos a compreenderem seu lugar no mundo e na sociedade. Trazem uma sensação de segurança, pertencimento, continuidade, aceitação, participação, orientação, e nos contam sobre de onde viemos, onde estamos e para onde vamos.

Esses momentos de transição, transformação, crescimento e empoderamento podem acontecer de forma mais consciente, auxiliando, portanto, na caminhada da vida e no bem da sociedade como um todo. Podem também passar desapercebidos, fazendo com que muitas vezes caiamos num modelo de vida automático, em que não nos questionamos sobre quem somos de fato e o que estamos fazendo no mundo.

Hoje em dia, poucos ritos ainda existem e, em sua grande maioria, são vazios de conteúdo e de profundidade, cumprindo apenas papéis de compromisso social. Como consequência, observar-se uma sociedade com sua base desestruturada, desequilibrada e descompromissada com os valores mais básicos, como o respeito e a verdade, uma sociedade deveras desconectada da terra e do porque estamos habitando o planeta.

O nascimento, tanto para o bebê, como para a mãe e para o pai; as mudanças de setênio, de acordo com a Antroposofia; a primeira menstruação para as mulheres; o rito de transição dos meninos para a fase adulta, por volta dos 13, 14 anos; o batismo; o casamento; a separação;  a menopausa; o ano novo; a morte e alguns rituais iniciáticos dentro de sendas espirituais, são alguns exemplos de ritos de passagem. Se imbuídos de uma forma mais compromissada e verdadeira, esses ritos de passagem poderiam ofertar um senso maior de pertencimento, direcionamento e interligação individual e coletiva, com tudo o que existe na Terra, e na importância de cada indivíduo na teia da vida.

Os ritos podem ser simples e simbólicos. O importante é que estejam conectados com o coração e com as mudanças de ciclos.  São momentos de desprendimento, de morte e renascimento.  De deixar ir, de criar espaço interno e na vida para que o novo venha. De honrar tudo o que se viveu e ter uma oportunidade de recomeçar. Quando sabemos onde estamos, podemos voar com mais entrega e plenitude.

Como dizia Gandhi, seja a mudança que você quer ver no mundo. Nesse caso, comece a fazer pequenos rituais em sua casa, com sua família. Por exemplo, se você tem uma filha mulher, quando ela começar a menstruar, explique para ela sobre a importância, o poder e a beleza de ser uma mulher cíclica, de entregar o sangue de volta à terra.  Se você pensa em casar, reflita internamente o que isso representa em sua vida e crie um ritual que traga elementos que simbolizem essa importância. Se você se separou de um relacionamento, reflita sobre tudo o que tal experiência lhe trouxe, honrando as dores e as alegrias vividas, libertando o outro em todos os planos, para assim libertar a si mesma, curando as feridas existentes, preparando-se para um recomeçar.

Lembre-se sempre que os ritos vêm trazer leveza, beleza e direção.  Que podem ser inseridos em sua jornada, na medida que fizerem sentido para você.  Os ritos de passagem honram o passado, nos trazem para o momento presente e constroem um futuro melhor para nós e para toda a humanidade.

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Até o próximo post!

Joana Netz

O que é Yoga?

Yoga é um estado de consciência e presença.  É também uma cultura dotada de valores, costumes, símbolos, práticas e atitudes específicas.  É, ainda, um caminho para o autoconhecimento, para o conhecimento do Eu.
A palavra yoga deriva da raiz sânscrita yug, que significa unir. A prática de yoga em cima do tapetinho serve de espelho para observarmos como estão nossas emoções e pensamentos, como está nosso corpo físico, e a partir dessas reflexões tomarmos as decisões coerentes para manter ou modificar nossas condutas do dia a dia, em prol de uma vida plena, equânime, saudável e tranquila.

Algumas das formas de se praticar yoga são:

Bhakti Yoga, ou Yoga devocional:  aqui o  praticante ou devoto expande seu amor  e adoração por uma imagem, um Deus,   através de orações, rituais e cantos, podendo também realizar  o serviço devocional para o bem comum.  Ama o que há ao seu redor, reconhecendo tudo como sendo expressão do Divino.

Jñãna Yoga, ou Yoga do conhecimento:  é  o caminho do yoga  pelo qual o conhecimento  e a compreensão da nossa real natureza  é buscada. Os ensinamentos são passados, tradicionalmente,  de mestre para aluno, na forma de parampara. É um caminho também de auto estudo. O praticante de jñãna yoga  percebe que há muitas existências, mas a Essência é Uma.

Mantra Yoga ou Yoga do som sutil: pela repetição de sons, como os bijas mantras, que correspondem a energias  específicas e de kirtans,  que são cânticos, normalmente  realizados em sânscrito, que é uma língua clássica da Índia antiga, percebe-se uma crescente purificação e harmonização da mente,  propiciando o estado meditativo . Há, também, o estudo  dos efeitos das vibrações de determinados sons na consciência.

Karma Yoga ou Yoga da ação desinteressada: o yogui,  aqui, realiza ações que observa serem necessárias. Faz por que tem de ser feito. No karma yoga busca-se a objetividade e o cuidado com a mente, tendo em vista que isso fará a diferença de como nos relacionamos com o mundo.

Hatha Yoga: Hatha significa, literalmente, esforço físico. É uma forma de yoga na qual existe uma reflexão ativa que utiliza o corpo como veículo, instrumento para seguir o caminho de autoconhecimento.  No Hatha Yoga  almeja-se o despertar da energia potencial usando o esforço, tanto físico, como mental. Hatha deriva das sílabas há, o sol, e tha, a lua.

No Hatha Yoga, o yogui busca a inteligência que está escondida no corpo. O que faz a diferença é a atitude que há por de trás dos exercícios realizados: o estado de presença, a consciência da respiração, a motivação, o  esforço, o  auto respeito, o por que de se estar praticando.

As aulas de Hatha Yoga e de Yoga para Gestantes têm como base os oito passos do Ashtanga Yoga de Patanjali;  astau- oito, anga- partes. O Ashtanga Yoga está descrito no Yoga Sutra de Patanjali, uma obra com mais de dois mil anos de antiguidade, sendo considerado o texto fundamental do Yoga Clássico. Nele, Patanjali diz que o propósito da prática de yoga é “nos estabelecermos em nossa própria natureza”. As oito partes são:

Yamas, as proscrições éticas:
-Ahimsa: não violência
-Satya: veracidade
-Asteya: não roubar
-Bramacharya:  continência
-Aparigraha: não possesividade

Nyamas, as prescrições éticas:
-Saucha: purificação
-Santosha: contentamento
-Tapah: esforço sobre si mesmo
-Svadhyaya: auto estudo
-Isvara Pranidhana: entrega a Isvara

Asana: posturas físicas confortáveis e estáveis, que visam o fortalecimento e o relaxamento do corpo.
Pranayama: controle e disciplina do ritmo da respiração e expansão da energia vital no corpo. Prana: vida, respiração e Ayama, expansão.
Pratyahara: abstração sensorial. É a capacidade de liberar a mente dos objetos externos, ativando a atenção para o interior.
Dharana: concentração. Consiste em fixar a consciência num ponto especifico.
Dhyana: meditação. Quando a mente consegue ficar focada num ponto, durante um período de tempo. Aqui é ativado o olhar do observador, que percebe as flutuações da mente, mas não se identifica com elas.
Samadhi: contemplação, estado de comunhão com o universo.

O objetivo final de yoga é moksha, a libertação. A  libertação dos condicionamentos que não nos permitem enxergar nossa  real natureza, que é livre de limitações. É o reconhecimento de que temos esse corpo físico, mas não somos ele. Que utilizamos os nossos órgãos dos sentidos, jnanedryas, e das ações, karmendryas,  para conhecer e experimentar o mundo, mas que tampouco somos eles. Que temos uma mente e um ego, que nos permitem viver no mundo como indivíduos, mas também não somos eles. Somos a consciência presente em tudo isso e, além disso.

Violência contra mulher

Coletivos Femininos

Tenho refletido bastante sobre a importância da criação e do fortalecimento dos coletivos femininos e dos grupos de mulheres na nossa sociedade. O amparo público e social às mulheres que sofreram violência está bem longe de ser ideal.

Recentemente auxiliei uma menina que necessitava da assistência da Delegacia da Mulher e não o recebeu. Como, infelizmente, tantas outras. Para se mais precisa, em 2016, quinhentas e três mulheres foram agredidas a cada hora no Brasil segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha. Esses são os números das estatísticas, sendo que a grande maioria das mulheres ainda não tem coragem de denunciar seu agressor.

Ana (vou colocar o nome fictício aqui da menina que auxiliei) me dizia que procurar auxilio em delegacias era uma segunda grande violência. E todos sabemos do descaso e desrespeito que muitas mulheres sofrem no momento pós abuso. Muitas vezes a mulher é considerada responsável e culpada pela violência que sofreu. Por homens e mulheres que ainda mantém suas crenças e padrões limitados à um sistema patriarcal, que muito subjuga o sexo feminino.

Penso que as delegacias da mulher, assim como a lei Maria da Penha em suas essências possuem ótimas intenções, mas faltam profissionais treinados e qualificados para poderem assistir às vítimas em suas necessidades nos momentos que muito precisam.

Ana, quando chegou a delegacia deu as caras com a porta fechada em uma das unidades de São Paulo, que funcionam somente de segunda a sexta feira em horário comercial. Só a unidade da Sé funciona 24 horas. Como se a violência tivesse hora marcada para acontecer. Isso falando da assistência em São Paulo, aonde existe a maior concentração de delegacias da mulher do país.

Ana também de deparou com a realidade que somente mulheres que sofreram violência doméstica podem serem atendidas pelas delegacias. Só que há muitos casos de assédio ou abuso moral e físico que acontecem em ambientes fora do âmbito familiar. E essas mulheres então ficam novamente à mercê do atendimento quase que sempre desrespeitoso das delegacias comuns.

Sabe-se que vivemos em um momento do despertar da energia feminina na Terra. Entretanto muitas de nós ainda vivem com a dor de terem que suportar relacionamentos abusivos, violentos, repressores e machistas, por se sentirem sós e desamparadas pela família e pela sociedade em geral. Por isso, é de extrema importância a existência, a ampliação e o fortalecimento de organizações, coletivos, grupos e associações não governamentais que compreendam o papel “ofertado” à mulher até hoje e qual a direção na esfera da visão e da ação, que devemos seguir daqui para frente, ampliando as redes de apoio, proteção e validação dos direitos, papéis e saberes femininos no Brasil e no mundo.

Tempo de Despertar

Por muito tempo, o culto à Deusa e a valorização dos atributos e qualidades femininas na sociedade foram subjugadas e deixadas de lado. Com isso, as mulheres foram se desligando de seus ciclos naturais, da conexão com a lua, do poder de seu sangue, da espiritualidade ligada à figura feminina, de seu potencial criativo, da sua intuição e da sua sexualidade sagrada.

Em contrapartida, os aspectos masculinos foram hipervalorizados pela sociedade como um todo, por instituições religiosas e por muitas de nós, perdidas no esquecimento do que é ser mulher. Por algum tempo, em decorrência de um estado de desconexão com a nossa essência e com a Divina Energia Feminina, quisemos ter um papel em vários aspectos de nossas vidas, igualitário ao dos homens.

Fomos percebendo, no entanto, que um vazio enorme habitava dentro de nós. Que estávamos caminhando em uma direção totalmente contrária a que deveríamos estar seguindo. Que estávamos descompassadas com nossos ciclos, desconectadas de nossos úteros, dos nossos corpos, dos nossos anseios mais profundos e verdadeiros, da nossa mulher selvagem.
É chegado o tempo de despertar! De ressignificar e de conectar-se com a essência feminina. De honrar cada fase do nosso ciclo, de (re) conhecermos nossos arquétipos (donzela, mãe, feiticeira e bruxa anciã), respeitando nosso ritmo pessoal. De compartilhar com o mundo nossos talentos, dons e beleza. De saber escutar o que nosso útero diz. De olhar para nosso sangue menstrual com apreço e gratidão, de nos conectarmos com a Terra, com a natureza. É tempo de criar, de dançar e florescer!

Somos cíclicas e cada vez que sangramos temos a oportunidade de morrermos e renascermos. À medida que nos abrimos a essa conexão mais intima com nossa menstruação, percebemos a divina e imensa oportunidade de autoconhecimento que temos a cada dia em nós mesmas, trilhando um caminho de empoderamento e respeito ao nosso Sagrado Feminino.

A importância do útero

O útero é a morada de nossa alma. Mesmo a mulher que por alguma razão não possui seu útero físico, continua tendo o seu útero energético. Quando decidimos percorrer o caminho de volta à nossa feminilidade autentica, devemos aprender a nos comunicarmos com esse Vaso Sagrado, pois nele residem todas as memórias de nossas experiências, nossa história, nosso potencial criativo.

O útero é o centro do nosso poder e amor, é o eixo que nos conecta à terra e ao céu. Conforme expandimos a comunicação com ele vamos ampliando nossa capacidade de auto expressão e comunicação com o mundo, encontrando nosso lugar único e precioso na teia da vida, compartilhando nosso brilho pessoal com confiança, harmonia e presença.

“ O útero não é um lugar para guardar medo e dor.
O útero é um lugar para criar e dar luz a vida. ”